quinta-feira, 11 de novembro de 2010

“Mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” – I João 5:18

Vendo na TV esta madrugada um programa de uma determinada igreja dessas que arrancam todos os últimos trocados dos fiéis, me assustei quando o pastor pregava sobre as bênçãos de Deus sobre a vida dos cristãos. Falava sobre pedir ao Senhor as maravilhas e depois o diabo vir e tomar a benção.
Todo cristão que tem um pouco de conhecimento bíblico sabe que o diabo não tem poder sobre a vida dele [do cristão] e muito menos de tomar as bênçãos para si, até porque se é benção, é vinda de Deus que é luz, e o diabo não pode resistir a Luz (João 1:5).
Essa desculpa esfarrapada de que a benção veio e o diabo tirou, e se apossou dela, é uma espécie de “desculpa” que as igrejas emergentes, arranjaram para dar àqueles cristãos que não conseguiram alcançar o pedido por um voto que fizeram, e que muitas vezes são votos altíssimos. Ou mesmo para culpar os próprios fiéis, alegando que se não alcançou tal graça é porque estava fazendo voto em pecado, em um dado momento cometeu uma falha, ou fez o voto sem o devido resguardo do pecado.
Desta forma, eles conseguem fazer com que os cristãos se culpem e se martirizem por não conseguirem as bênçãos que então foram pedidas, dando assim, um jeitinho todo brasileiro de se safarem e isentarem de culpa de enganadores.
Uma ex-amiga minha, (quando saí da igreja que congregávamos, ficou de mal de mim, por que eu não acreditava mais em suas heresias), de tanto fazer votos e mais votos, e propósitos e campanhas, e devolver dízimos e dar ofertas, vendeu o carro que tinha, trancou a faculdade, fechou uma lojinha de variedades que abrira com sacrifício e em seguida trocou de igreja, hoje está em uma outra denominação, Arca Sagrada, ainda não conheço, e não sei se é bíblica. Logo percebe-se que os seus votos e sacrifícios não foram sinônimo de vida próspera como o bispo pregava. Só aí ela pôde ter certeza daquilo que eu lhe alertara há uns dois anos.
Com isso, temos mais uma grande evidência de que não adianta ofertar “o nosso melhor”, no sentido de ser o “nosso tudo” para enriquecer os cofres das igrejas que só pregam a teologia da fé/prosperidade, e enaltecem o Grande Deus só no momento de falar destes dois protótipos que são os seus alicerces, pois a igreja somente será um lugar de petição, visto que o nome de Deus raramente é exaltado, não obedecem ao “Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” de 1 Tessalonicenses 5:18.
E infelizmente os prodígios da prosperidade que acontecem nessas igrejas, são pelo esforço mútuo dos próprios fiéis, por trabalharem arduamente paralelo aos votos e as campanhas e não pelo que depositam no gazofilácio destes malandros embustores que nada sabem fazer, além de fazer meter medo nos fiéis ameaçando-os com promessas de maldição caso não cumpram os votos, ou não os façam, e ainda pregam um falso evangelho, tornando-se anátemas (Gal 1:9), cumprindo-se a palavra do Senhor, em 1Timóteo 6:10, “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males: e nessa cobiça alguns se desviaram da fé”. 

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