sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A MENTIRA DO NATAL

                                                                                                             Provas contra uma pregação que ouvi em um programa de TV evangélico essa madrugada e em um ritual ecumênico que vi semana passada em um Canal Católico.
O que não falta para quem gosta de diversão, são opções mentirosas na TV a cabo durante as madrugadas. Cada igreja mente mais do que a outra, quando fala de historiologia da igreja.

Esse trabalho é para desmentir de forma bem simples, o que ouvi com relação a Natal e o nascimento de Jesus. Sugiro que leiam até o final, e depois me respondam com o seu entendimento.

Bom, para inicio de conversa, que me perdoe os céticos, mas Jesus não nasceu em 25 de dezembro, e nem a igreja Católica que foi a responsável por inserir esse feriado no calendário romano sabe dizer quando foi. Uma instituição tão poderosa, respeitada que tem os melhores e mais bem instruídos teólogos e doutores em divindade cristã conseguem se deixar levar por um erro tão crasso, tão primário.

Vamos relembrar os fatos. Os apóstolos de Cristo comemoravam o Natal? Eu nunca vi referência bíblica com relação a isso. Se o Natal fosse uma festa importante para o cristianismo, como dizem que é a maior, porque tanta gente que não é Cristã comemora? Até onde sei o natal é uma festa não Cristã. Sabemos que a Igreja Romana inseriu o natal na sua liturgia, mas não encontrou base para esta comemoração nas escrituras, e deixou uma falha enorme em seus documentos. Vejamos o que a Enciclopédia Católica diz em sua edição de 1911: “A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja… os primeiros indícios dela são provenientes do Egito… os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se concentraram na festa do Natal”. 

A Enciclopédia Britânica em sua edição de 1946 diz o seguinte:  “O Natal não constava entre as antigas festividades da Igreja…” Não foi instituída pelo Senhor Jesus Cristo nem pelos Apóstolos, nem pela autoridade bíblica. Foi tomada mais tarde do paganismo.

Vamos resgatar a edição de 1944 da Enciclopédia Britânica: “O costume do cristianismo era celebrar não o nascimento de Jesus Cristo, mas Sua morte. (A comunhão, instituída por Jesus no Novo Testamento é a comemoração de Sua morte). Em memória do nascimento de Cristo se instituiu uma festa no século quarto. No século quinto, a Igreja Ocidental deu ordem de que fosse celebrada para sempre, e no mesmo dia da antiga festividade romana em honra ao nascimento do deus Sol, já que não se conhecia a data de nascimento de Cristo.” A partir daí começou-se a usar o Natal como festa cristã, mesmo sendo pagã.

Jesus Cristo, sequer nasceu na época do ano que comemoram o Natal. Quando Jesus nasceu, de acordo com Lucas, “Haviam pastores no campo, que velavam e guardavam seus rebanhos durante as vigílias da noite” (Lucas 2:8). Isso é impraticável para a época na Judéia no mês de dezembro.

Os pastores tiravam os seus rebanhos do campo em meados de outubro, - no calendário romano, esse mês era chamado de Bul (I Reis 6:38); - e os guardavam para protegê-los do inverno, que se aproximava, tempo de frio e de muitas chuvas, o que é impossível a pernoitada dos pastores com seus rebanhos, à noite, no campo (Cantares 2:11 e Esdras 10, 9;13).
Ou seja, não tinha pastores no campo, não teve nascimento, não era dezembro.
The New Shaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, (A Nova Enciclopédia de Conhecimento Religiosos de Shaff-Herzog), esclarece em seu artigo sobre o natal, o seguinte:
“Não se pode determinar com precisão até que ponto a data desta festividade teve origem na pagã Brumália (25 de Dezembro), que seguiu a Saturnália (17 a 24 de Dezembro) e comemora o dia mais curto do ano e o nascimento do deus sol.
As festividades pagãs de Saturnália e Brumália estavam demasiadamente arraigadas aos costumes populares para serem suprimidos pela influência cristã. Estas festas agradavam tanto que os cristãos viram com simpatia uma desculpa para continuar celebrando-as sem maiores mudanças no espírito e na forma da sua observância. Pregadores cristãos do ocidente e do oriente próximo protestaram contra a frivolidade indecorosa com que se celebrava o nascimento de Cristo, enquanto os cristão da Mesopotâmia acusavam a seus irmão ocidentais de idolatras e de culto ao sol por aceitar como cristã essa festividade pagã”.
Ou seja: Natal = Festa ao deus Sol. Festa pagã! E até onde sei o Cristão não pode festejar isso, ou então, seriam obrigados a prestar cultos a deusa indu, "diana", e aos orixás, caboclos e guias do candomblé que também são pagãos.
Olhando por este lado eu até entendo porque até o século quarto, o mundo romano era pagão, pois foi o Imperador Constantino, no século IV, depois de Cristo, que se declarou Cristão e elevou o cristianismo a um nível de igualdade com o paganismo, o que o fez automaticamente "concorrente" e trouxe adeptos para o lado de cá, e de brinde vieram vários costumes, que eram muito íntimos e convincentes para serem deixados pra lá. Com uma pontinha de maldade no comentário - até os dias de hoje, os católicos não precisam se converter, é só se achegar e está tudo certo!
Levando em consideração que essa gente que agora passava a ser chamada de Cristã, tinha uma festa idólatra (que é especialidade romana), não seria interessante suprimir essa data.
O artigo acima da Nova Enciclopédia de Conhecimento Religiosos de Shaff-Herzog, explica que Constantino reconheceu o domingo como dia que os pagãos adoravam o sol e como influência direta do maniqueísmo (que identifica o Filho de Deus como sol), deram motivos para a partir do século IV, adaptarem a festa de 25 de dezembro, dia do nascimento do deus Sol, ao dia do nascimento do Filho de Deus.
Bom, assim introduziram no mundo Ocidental esse dia como data especial e pouca gente sabe o porquê.
O que me incomoda GRANDEMENTE, - isso mesmo em letras gritantes, é que tantos teólogos e doutores, quer sejam católicos, ou protestantes aceitam essa farsa, e apregoam em seus altares como verdade.
Se a bíblia diz que quem prega a mentira vai pro inferno, TODOS ELES IRIAM, porque todos pregam essa mentira e se acham muito espertos, quando falam do assunto, chegando até a ser emotivos.
O Senhor Jesus Cristo, o verdadeiro Messias, não nasceu dia 25 de Dezembro.
Os Apóstolos da Igreja primitiva jamais celebraram o natal do Senhor Jesus nesta data e nem em nenhuma outra. Não existe na Bíblia ordem nem instrução alguma para fazê-lo. O que existe, é a ordem de observar a data da Sua morte (I Coríntios 11:24-26; João 13:14-17; Eclesiastes 7:1).
Um pouco da exegese consegue esclarecer melhor o nascimento de Jesus:

Na ocasião da festa dos Tabernáculos, que acontecia a cada ano, no final do sétimo mês (Etenim), do calendário judaico, que é o equivalente ao mês de setembro do nosso calendário - para ajudar os que não conhecem muito do calendário judaico, esclareço o seguinte:

O ano foi dividido pelos levitas em 24 turnos e cada turno ministrava por 15 dias, ou seja, 24 x 15=360 dias ou um ano (I Crônicas 24:1-19); o oitavo turno pertencia a Abias (I Crônicas 24:10), que igual ao mês TAMUZ.

O primeiro turno iniciava-se com o primeiro mês do ano judaico – mês de Abide (Êxodo 12:1-2; Deuteronômio 16:1; Êxodo 13:4); João Batista foi filho de Zacarias, aquele que ficou mudo durante toda a gestação de Isabel, lembram? (Lucas 1:20,24); Pois é, esse mesmo, ele ministrava no templo no turno/mês de Abias, e a bíblia fala o seguinte:

E sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para sua casa, e, conforme a promessa que Deus lhe fez, sua esposa estéril, concebeu João Batista (Lucas 1:23-24).
Logo João Batista foi gerado no fim do mês de Tamuz ou inicio do mês Abe (que era o próximo), IMPORTANTE: Jesus foi concebido cerca de 06 meses depois, (Lucas 1: 24-38), no fim do mês Tebete ou início de Sebate.

Traduzindo em miúdos, João Batista foi gerado em fins de Junho ou inicio de julho, e Jesus concebido seis meses depois, no fim do mês de dezembro ou inicio de janeiro. Como Maria era uma mulher normal - só uma zebra ficaria grávida por 12 meses... Ele nasceu nove meses depois da concepção, em final do mês sétimo - ETENIN, setembro no nosso calendário, quando era feita a comemoração da Festa dos Tabernáculos.
Agora como é que pode tanta gente católica e protestante comemorar um nascimento quando sabem que não é verdade?

E ainda não querem que eu SATIRO, afirme que irão todos pro inferno (para quem acredita nele) porque pregam uma mentira incontestável.
De acordo com a mesma bíblia que eles pregam, Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8:44).

Bom, é isso.

São Bernardo do Campo, SP  - Natal de 2011