Para
início de conversa, já vou esclarecendo uma dúvida de algumas pessoas: Quero
dizer que NÃO sou ateu, e que TEISMO, não é a mesma coisa que ATOISMO, ou
ATEISMO... Não sou evangélico, não sou católico, nem espírita de nenhuma
linhagem e nem pretendo ser. Sou Cristão e sou livre. Sem igreja e sem
denominação. Acredito em muitas coisas,
Vou
tentar explicar cada um destes itens de uma forma bem simples, e daí você mesmo
tira as suas conclusões.
Teísmo
Aberto não é "uma teologia" porque a teologia é uma só. É
compreendida como um ramo da teologia que nega a onipresença, a onipotência e a
onisciência de Deus. Os defensores dessa
ideologia, apresentam outra definição que tem como intuito defender de Deus não
seria onipresente, onisciente e onipotente, e que não estaria acima do futuro
de forma completa, acreditando que Deus apenas conhece as possibilidades, e a
mudança que Ele teria do futuro é que iria acarretar nas várias tantas circunstâncias.
A
grande ideia é que Deus não poderia ser onisciente sem intervir no direito de
escolha do ser humano, mexendo, contudo na prescrição do futuro, e modificando
a seu tempo e do seu modo, sendo conhecedor das possibilidades e não detentor
do conhecimento supremo.
O
Teísmo ainda luta contra a definição do termo "todo poderoso" para
Deus, porque segundo a hermenêutica essa palavra não faria parte do original da
bíblia por ser uma palavra perdida ao longo do tempo. O Teísmo Aberto acredita ainda, que Deus tem
uma relação íntima com o homem, e sua onisciência seria prejudicada com o
direito de escolha.
É
um estudo relativamente novo, (surgiu na década de 30) e tem ideias com
pensamento mais filosófico que teológico. Até aqui vale lembrar que uma das
poucas ciências ou saberes que se casam e se diferem da religião é a filosofia,
uma vez que sendo a ciência do saber, que repensa o já pensado e desperta
ideias críticas que questionam o já antes estabelecido, não é bem a fã número 1
da teologia!
O
lado mais calvinista do Teísmo, é que mesmo não tendo essa tripla universalização,
Deus é capaz de governar o mundo, e conduzir o povo a um futuro delimitado, ou
seja, norteado para Sua vontade, por que está justamente sob Seu controle, sem
precisar ficar a todo o momento intervindo no direito de ir e vir do homem.
O
que eu quero que fique claro é que NÃO SOU TEISTA...
Não
é porque eu leio sobre teísmo, que eu vou virar teísta ou aderir a essa
filosofia teológica, que infelizmente é o grande erro da maioria dos pastores
atuais. Eles não leem porque não acreditam, logo não entendem porque não leem,
e não gostam porque desconhecem. Estes pastores ainda acham que todos os que
leem e discutem são marionetes de saberes que vão contra as suas crenças.
E
o que ateísmo? O ateísmo é uma corrente de pensamento (há quem chame de
filosofia de vida), que não acredita na existência de Deus, nem de diabo, e nem
de inferno ou céu. É importante ressaltar que não é a mesma coisa que agnose (no sentido de dúvida). O ateísmo
refere-se à descrença de qualquer deus, ou entidades divinas, sendo que nesta
linhagem de pensamento é possível estabelecer a conexão de que os ateus podem
então pertencer a várias modalidades filosóficas, que vão desde a dúvida na
existência de deuses até a crença na não existência de divindades, passando
pelo que se denomina de Ateísmo Fraco (ceticismo) e Ateísmo Forte, (plena
certeza de que não existem divindades de qualquer espécie).
Já
o atoísmo, ah... o atoísmo!!! Gosto de dizer que é a pura falta de emprego ou
fundamento filosófico. Estar àtoa é o mesmo que dizer que não entende de nada,
não faz nada, não está nem aí para a hora do Brasil.
Pode
ser que exista uma linhagem oficial de ideias que sustenta que o atoísmo tem
como alicerce a oposição contra todas as regras e pensamentos impostos pela
sociedade moderna, mas eu prefiro acreditar que é “estar fazendo nada”!
Bom,
é isso!