segunda-feira, 14 de março de 2011

“Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador”

Quando Moisés anunciou os mandamentos segundo a lei, tomou sangue dos bezerros e dos bodes e aspergiu o povo, e disse o seguinte:
“Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado… E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue”. Hb 9, 16-28.
Depois disso, eu estive lendo a Carta de Paulo aos Hebreus. Pois mesmo depois de preso, Paulo, o apóstolo, escreveu diversas cartas para diversas igrejas em todo o oriente, com o intuito de abrir o olho para tudo o que ora acontecia com o propósito de converter o povo para o evangelho de Cristo que havia morrido e ressuscitado em Jerusalém. Imagine o quanto é difícil para um povo, conhecer um homem que morre e ressuscita tão rapidamente! O que não poderia passar pela cabeça deles?
Alguém já parou para tentar entender esse fenômeno do ponto de vista racional, em uma nação de cabeça tão pequena como na época em que se matava por uma novilha e se apedrejava alguém porque cometeu adultério?
Paulo falava sobre o testamento, e a morte, fazendo uma analogia com a morte de Moisés, sem herança, e a morte de Jesus com a entrega da remissão dos pecados.
Moisés trouxe do monte ao povo um testamento, e uma promessa… o testamento maior  por meio das tábuas da lei, esculpida pelo dedo de Deus, e a promessa de entrar na terra prometida (ele não entrou – mas também não morreu)!
Como não houve morte, o cumprimento da promessa ainda não havia se concretizado. A promessa de que um filho do povo de Israel viria salvar a todos do pecado e da morte.
Embora Moisés tenha sido filho de Israel, não conseguiu trazer a todos os que esperavam ansiosos, a tão falada salvação. Esse papel foi do verdadeiro herdeiro, também de Israel, e foi preciso morrer para se concretizar os planos de salvação, porque um testamento não existe se o herdeiro não morrer… e só depois da morte é que o testador permitirá que usufruam dos seus bens…
Cristo morreu, há pelo menos dois mil anos e ainda hoje, embora tenhamos herdado a promessa, não herdamos ainda conforme o “testamento de Jesus”, a vida eterna, pois essa iremos herdar somente quando estivermos mortos para o mundo. E não necessariamente acometidos de morte física.
Neste sentido, não podemos nos iludir que essa herança seria para todos, pois na verdade não é. É somente para os que estiverem “mortos” para a carne, pois poderão assim receber a posse do testamento da vida eterna, entregue por Jesus em sua morte, e morte de cruz!

É isso.

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