segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

MACA, CAMA ou ESTEIRA?



“Ordenou-lhe Jesus: “Levanta-te, apanha teu leito* e anda”. (João 5:8)
*Quero falar sobre isso.

Ontem pela manhã passei em frente uma igreja pentecostal aqui perto e ouvi um pastor pregar sobre a cura do homem de Betesda (João capítulo 5).
O pastor lia a sua bíblia “apologética” – sei que era porque vi a capa azul com letras gigantescas.

“...então o Senhor deu a seguinte ordem: Levanta, pega a sua maca, (ou melhor a sua cama) e vai embora”.

Fiquei cá a me perguntar, o que este homem teria pegado, porque maca seria pouco provável que ele conseguisse carregar, porque se ele andava com isso para cima e para baixo debaixo do braço não poderia ser maca, e cama... pior!

Já pensou alguém andar por aí com a cama nas costas? Até o colchão ficaria pesado.
Pois bem: onde quero chegar?

Crentes, pelo amor de Jeová, usem bíblias mais fiéis. Cheguei em casa conferi em 5 versões da bíblia (King James, Trinitariana, Bíblia de Jerusalém, Reina Valera, Thompson) e em todas elas falam sobre “o leito” que na versão vulgata de 1611 é equivalente a krabattos do grego = esteira.

Se vocês não sabem nem o que o enfermo de Betesda carregava fica difícil até falar do milagre.

Eu heim...




sexta-feira, 9 de setembro de 2016

DA DIFÍCIL ARTE DE COMPRAR UMA BÍBLIA

Desde a minha época de iniciante na igreja eu me preocupava com a versão de bíblia que lia. 
Sempre tive muito cuidado em escolher cada uma das versões que tinha, e muito cuidado nas que ganhava, talvez por isso nunca tenha ganhado nenhuma! 
Todo mundo ganhava bíblia menos eu. 
Parecia uma coisa proposital. Talvez Deus estivesse me preparando para a época atual e quis me poupar da fadiga...
Aliás, ganhei uma única bíblia, uma única vez na vida, mas nem tenho certeza se era a versão mais ideal. 
Era uma bíblica católica, meio apocrifada, mas uma boa bíblia... não consigo lembrar qual era a edição! 
Eu não sei que fim teve a bendita... O padre que me deu, eu sei que não foi referência, porque pouco tempo depois ouvi umas histórias...
Hoje resolvi ir à Rua Conde de Sarzedas no centro de São Paulo, para tentar comprar uma boa bíblia para estudo, para confrontar com outras que tenho (sim, eu tenho mais de uma!).
Chego na primeira loja, e já sou recebido com uma pilha de bíblias "King James" à preço de banana! 
Tive vontade de comprar todas, igual ao ano passado! Ano passado não comprei todas, mas tive vontade.
Ainda nesta loja fui recebido por um rapaz bem vestido, quando eu digo bem vestido, leia-se: com uma gravata torta e uma camisa florida!, tipo dos "bleianos" que conheço por aqui... ele se apresenta como "missionário" - com a maior pompa de diplomado!
Imediatamente fiz uma cara de surpresa e de felicidade! 
seria uma honra ser atendido por um missionário, o que significa que teria um atendimento VIP (Very Important Personal).
Um missionário certamente seria um bibliógrafo, e iria me indicar várias leituras sensacionais, mas para minha surpresa percebi depois que eu seria um NIT (Not Important Personal)...
Já me saudou como uma "A paz do Senhor!" que eu humildemente, lhe disse: "amém" concordando com o ritual, não que eu sentisse paz em nada do que ele tenha me dito, até porque eu ainda nem tinha falado o que queria, mas fiquei desconfiado! Respondi por instinto, sem aflorar o lado pentecostal que há em mim. 
Perguntei rapidamente se ele possuía a "Thompson" (a bíblia de Frank Charles Thompson), não que eu acredite que é uma versão tão boa quanto uma BKJ ou uma Trinitariana, mas é uma versão que usarei para estudos!
Ele me apresenta a bíblia, cujo preço me fez olhar para ele com a testa franzida e perguntei, o que essa tinha de melhor que a King James, pois o preço me assustara! O missionário não soube dizer, ou não entendeu a pergunta, porque de imediato o irmão me traz uma "bíblia devocional" aquelas de letras garrafais que pode ler-se de longe, e tenta me convencer que por apenas R$ 30,00 eu teria essa bíblia ideal para estudos de leigos!
Eu olhei para ele, e quase respondi que tenho diploma, mas me contive. Eu poderia ter lhe mostrado a diferença entre ler uma bíblia fiel e ler uma dessas “apologéticas pastorais, devocionais”. Como ultimamente estou praticando a humildade, "eu prefiro ter paz, a ter razão", lhe disse apenas:
- Obrigado amigo, eu vou apenas dar uma volta por aí! Ele insistiu em mostrar mais alguns exemplares, fiquei meio impaciente e fui pedindo:
- Você tem aí, a “Bíblia de Jerusalém”?
- Não.
- A Reina Valera, de 1960, no original?
- Não.
- Tem a Vulgata?
Ele franziu a testa e disse:
- Como?
Eu completei: - deixa pra lá... Tem a versão Fiel, Trinitariana?
Ele deu uma pirueta como quem fosse fazer um reteté, desses que fazem nas igrejas pentecostais, quando estão prestes a entregar uma revelação assustadora, e me levanta com uma bíblia preta enorme de capa dura, todo feliz como se tivesse descoberto a roda!
- R$ 15,90 irmão!
Eu peguei esse livro, meio com cara de nojo... e falei:
- Ah tá!... eu achei que fosse a Versão Fiel da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, aquela do Textus Receptus...
Aí foi ele quem fez uma cara de nojo para mim, e para evitar a fadiga, eu agradeci e saí de mansinho!

Eu tenho certeza que ele achou que sou louco.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A BIBLIA COMO PALAVRA DE DEUS, NÃO CONDENA A HOMOSSEXUALIDADE

Fonte da Imagem: diariodigital.sapo.pt
Se em sua grande capacidade teológica você conseguiu encontrar na bíblia uma passagem que condena o homossexualismo, deverá no entanto começar a rever os seus conceitos de certo e de errado, porque lhe afirmo que a sua bíblia "não quis dizer exatamente isso".

Para você, desinformado que vai tentar me dizer que a palavra de Deus diz que "Não te deitarás com um homem como se deita com uma mulher" (Lv 18:22), já pode parar por aí, porque tem mais umas duzentas leis no livro do Levitico que você não segue, e não vai ser essa que você vai encontrar referência para condenar o homossexual. E não me venha com o papo de que Deus ama o pecador mas odeia o pecado, que também não aceito isso.

Levítico não foi feito para o nosso tempo, e não deve se aplicar em nenhum momento nos dias atuais! Observe que todas as leis de Levítico são praticamente dadas para o homem, a mulher não é beneficiada em nada! A sociedade atual, é adepta aos direitos iguais para as mulheres e homens, e porque viveríamos nessa retroação de valores?

Existe um conceito teleológico (não confunda com teológico) que você precisa levar em consideração. Estude um pouco sobre o que realmente ele queria dizer, e o que realmente foi escrito, para isso, um pouco de antropologia ajuda, e se ficar muito complexo, entre na sociologia, e estude as mudanças do comportamento deste povo na época da saída da casa de servidão. Não conseguiu? Hermenêutica pode ser capaz de lhe fazer entender que Levítico não está para nosso tempo, e só um cego não consegue ver isso.

O Levítico foi escrito para regular o povo que saiu do Egito para não repetir as suas práticas egípcias (exemplo do que eles fizeram quando adoraram a imagem do bezerro de ouro), durante o tempo que estavam no deserto. Nada que o Levítico regulamenta está nos mandamentos de Deus. Está no desejo de Aarão, irmão de Moisés que conduzia o povo.

E porque eu seguiria  APENAS algumas dessas leis? Até onde sei as leis que Deus escreveu com o Próprio dedo não tem menção sobre homossexualismo, logo, Deus não proibiu a prática do sexo entre os iguais, Ele tinha coisas mais importantes para se preocupar.

Ai você apela para a primeira carta de Paulo aos Coríntios "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos...herdarão o reino dos céus." (1 Co 6, 9-10).

Essa palavra "efeminados" está escrita em outro contexto.

No texto grego (no original) esta escrito "malakoi" e não EFEMINADOS que no grego significa os "moles, fracos". Se fosse para se referir-se a "ato sexual entre pessoas do mesmo sexo" estaria escrito "pederasta", porque no grego essa prática romana que era natural até mesmo entre os imperadores, era chamada de pederastia, isso já era uma prática da Grécia antiga (e inclusive em Roma, na época do Imperador Nero, que reinou de 54 a 68 d.C). Na época o que era comum era sexo entre homens adultos e adolescentes. Sexo entre dois homens adultos, era considerado impróprio! Por isso, o nome "pederastia". Hoje, isso é chamado de pedofilia! Os tempos mudaram, os costumes mudaram, menos a mentalidade de algumas instituições fundamentalistas ignorantes. 

Na tradução mais pobre da bíblia inseriram esta palavra "efeminados"... acredito que quem traduziu a bíblia não conhece muito bem o grego, até porque a palavra homossexualidade surgiu apenas em 1869, pelo menos 1800 anos depois do original ter sido escrito, logo o termo pederasta deveria ser usado caso quisessem falar desse tema. Ou seja, pode parar com a sua ideia porque não convence.

Daí você vai me dizer que a cidade de Sodoma e Gomorra foi destruída porque só tinham homossexuais. Okay, pode parar porque está ficando feio!

Vamos ao contexto histórico:

Sodoma e Gomorra estavam tomadas pelo pecado. O pecado de Sodoma e Gomorra era o pecado do povo Hebreu, que era o pecado da falta de humildade, da caridade, de hospitalidade, e amor ao próximo. E não porque eram homossexuais. Os mensageiros (anjos) vieram para trazer o recado de Deus que a cidade seria destruída e hospedaram na casa de Ló. O resto da história você conhece, não é? Eu espero que sim...

Eles pediram que Ló trouxesse para fora os mensageiros que eles iriam abusar sexualmente deles. Essa seria a punição para Ló, por receber estrangeiros em sua casa! Observem que Ló implora que não lhes façam mal, pois está SOB O SEU TETO. O que quer dizer que a punição em si não era o ato sexual, mas a violência sexual. Naquele contexto histórico deixar fazer mal a qualquer pessoa estrangeira que estivesse sob seu teto, era considerada grave falha, digna de punição com morte. Lembra do que os levíticos viviam? "Amparai o estrangeiro, o órfão e a viúva?" (Dt 10:18, 24:17, 24:20, 26:16, 27:19 - posso ficar o dia inteiro citando versículos) pois bem, estavam neste cenário.

A prática dos hebreus era a de não tratar bem os estrangeiros, Ló teria acolhido os anjos como estrangeiros e os moradores queriam na realidade violentar estes homens como castigo para Ló que era o homem justo da cidade.

Ao oferecer as duas filhas virgens Ló tentou evitar a violência para com os rapazes, pois entregando as virgens, achava que eles iriam deixar os rapazes em paz (não lhes faria mal) e ter relações sexuais com as filhas! Mas eles não queriam as virgens, queriam de fato, abusar dos rapazes que eram os estrangeiros para envergonhar a Ló que sendo o anfitrião não poderia permitir tal coisa.

Em nenhum lugar está escrito que era o pecado de homossexualidade que existia em Sodoma e Gomorra. Mais alguns versículos à frente podemos apregoar que é correto as filhas terem relações sexuais com os pais? Foi isso que as filhas de Ló fez logo que saiu da cidade que Deus teria incendiado!! Logo, não me venha com o papo de puritanismo citando Sodomia como homossexualismo porque não cola. O exemplo seguinte até onde sei, não requereu anjo matando as filhas de Ló.

Até o próprio Jesus fala do pecado dessa cidade no Novo Testamento (Mt 10, 11-15), Ele cita o pecado da inospitalidade de Sodoma e que as cidades que não receber os discípulos com a Sua boa nova, terão menos rigor que elas ou seja: Não aceitam a palavra do Jesus, irão ser pior que receber fogo do céu! Vejam quanto a vingança de um Deus de amor seria cruel. Não devemos ser tão literais. A bíblia é um livro e mal interpretada é uma arma nas mãos dos salafrários para crucificar o povo e fazê-los perecer por falta de informação. A igreja romana fez isso, durante muitos séculos escondendo a bíblia de seu povo.

Em suma: a bíblia não faz em nenhum momento alusão ou críticas ao homossexualismo. O que existe a todo momento, é o preconceito de uma geração movida pelos costumes de uma sociedade.

Na antiga Grécia, e até mesmo em Roma, a homossexualidade era a forma de vida dos imperadores, que usaram os adolescentes para terem prazer e as mulheres para a procriação.

A homossexualidade era considerada um costume cultural em muitas províncias, e quem ignora isso, desconhece a literatura de Homero, Catulo, Horário, Virgílio, Ovídio, Petrônio... e se você não conhece nenhum destes nomes, desculpe-me, mas você precisa voltar para a escola, e estudar um pouco antes de retomar essa discussão, pois só depois do Imperador Cláudio que governou em 50 d.C., (parece que um dos primeiros imperadores a gostar apenas de mulher, porque quase todo o resto era considerado bissexual), é que o Império Romano passou a ser contra a prática homossexual, porque até lá todos os imperadores, inclusive Nero e Calígula seus antecessores mantinham seus "meninos" do prazer, além das mulheres para procriação.

Não precisa ir muito longe, apenas procurem por figuras da época, e verão que o homossexualismo não era visto como pecado para a igreja até este período. Leia Satyricon de Petrônio, e veja que antes da escrita inclusive dos livros do Novo Testamento, ao qual o Cristianismo deveria ter como base suas leis, já existia a prática homossexual, e sendo uma sociedade historicamente evoluída, não seria infortúnio de uma geração, apenas.

No século IV a.C. Platão já lidava com essa prática, e já tratava com naturalidade o que os fundamentalistas moderninhos vê com tanto medo!

Ante todo o exposto, convém afirmar que não é de bom tom usar a bíblia para justificar a ignorância do fundamentalismo cristão.

E ainda sou capaz de afirmar que o cristianismo tem usado deste artifício para manter seu rebanho debaixo de seu cabresto desde sempre, e infelizmente a extremação desta crença, tem recrutado ao seu rebanho cada vez mais, cegos por aquilo que eles acreditam.

Se você é também um destes crentes na ideia romana e é cego pelo que o cristianismo fez com a história, é o momento de se perguntar os porquês de tanto ódio em torno de uma condição congênita inerente ao ser humano.


Quanto ao Malafaia, só tenho a mandar, colar de beijos e um conselho: Aceita que dói menos. 

terça-feira, 31 de março de 2015

GLADIADORES DO ALTAR: MATAR EM NOME DE DEUS?

Foto: Gladiadores do Altar, postada no Facebook pela Igreja Universal do Ceará – Reprodução
Esta semana recebi algumas mensagens comentando sobre um grupo de "soldados" que a Igreja Universal do Reino de Deus criou, chamados de "Gladiadores do Altar", cujo propósito está obscuro para mim e a necessidade mais ainda.
Eu teria muitas teorias de conspiração para falar sobre essa igreja, mas com isso iria perder muito tempo, porque ela simplesmente não merece tanto.
Eu assisti a um vídeo em que pessoas vestidas com trajes parecidos os dos militares marcham adentrando um de seus templos, fazem uma oração, em forma de "grito de guerra", e quando ao final o líder pergunta o que eles desejam, eles apontam para frente com o mesmo cumprimento nazista "Heil Hitler", - com uma única diferença que apontava apenas um dedo (o indicador) para frente, deixa o polegar como se encontra, e dobra ligeiramente para baixo os outros três dedos, e a palma da mão para baixo da mesma forma que o Führer fazia.
Estão a três dedos do nazismo! Não quero aqui defender o criticar o nazismo ou qualquer que seja a facção ou organização, mas quero falar sobre esses gladiadores, que talvez façam mais mal que o próprio nazismo porque aqui estão falando em nome de um Deus que abomina o que eles fazem.
Esses gladiadores, a meu ver, são mais do mesmo!
Sempre que a Universal está em baixa ela sai com novidades.  Tenho lido por estes dias que a igreja Waldomiriana está mais à frente com seus milagres e curas e com isso a iurd com sua teologia da prosperidade (apenas! rs) ficou um pouco apagadinha.
Aconteceu algo parecido em 1995 quando aquele bispo chutou a imagem de uma santa católica, o que me dá a entender que é mais um golpe de marketing da igreja para se manter na mídia. Quando você escuta algumas pregações da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD) pela TV, consegue ver o apóstolo ou bispo se queixando da igreja vizinha, que está "fazendo isso, fazendo aquilo", para tentar prejudicá-la, em uma tentativa suja de passar a outra para trás.
Mas e se não for?
Eu já consigo ver um massacre religioso no país!
Primeiro começa com uma bancada evangélica querendo impor seu conceito de certo e errado a todo o Estado laico.
Agora, esses gladiadores, que ao que parece, querem de fato "degladiar" com as outras religiões, mais especificamente aquelas que nasceram de cultura afro, como se eles cultuassem ao diabo, apenas por que tem um outro Deus, ou outra divindade como suprema.
Está havendo um extremismo religioso no Brasil, assim como tem havido na política, em que as religiões ditas cristãs, não tem tolerado o espaço de outras religiões que não professam a mesma fé.
Com os meus olhos podres, já consigo enxergar daqui há pouco tempo, um genocídio inevitável em que um poder religioso proíbe, massacra, e caça a todos aqueles que tem uma fé diferente alimentada por outra sangria de cultura.
A insígnia que esses "gladiadores" usam,  incitam a batalha, tem uma espada trespassada a um escudo, e com o lema "prontos para a batalha", em que ameaçam a liberdade religiosa e intimida pessoas que não estão inseridas neste contexto.
Esse fundamentalismo religioso, nem de longe imita o que é pregado pelo fundamentalismo cristão que vive as "cinco solas" Sola fide (somente a fé), Sola scriptura (somente a Escritura), Solus Christus (somente Cristo), Sola gratia (somente a graça), Soli Deo gloria (glória somente a Deus), que até então tem vivido em seu mundinho fechado, de uma fé intolerante porém genuína, e que não mexe com quem está quieto. Esta fé tem sido vivida pelos batistas (moderninhos ou não) e presbiterianos e luteranos. E talvez por este motivo, tem sido tão tolerados.
Isso que esse exército está fazendo é considerado uma afronta ao direito de acreditar no Deus que lhe convém.
A frase mais intrigante que ouvi no seu grito de guerra foi um trecho de uma carta de Paulo a Timóteo “combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2Tm 4:7), como se fosse o lema desse grupo de "soldados".
Me faz perder o sono, saber que tem pessoas se dando a este préstimo, de dedicar-se a degladiar em uma militância, contra a fé de outras pessoas, que tem um histórico de vida totalmente diferente e que comunga de uma crença oposta.
Temo que futuramente esse fanatismo religioso, nos impeçam de dizer o que pensamos, de acreditar em quem cremos, porque nem de longe esse povo, representa a vontade de Deus!
Esse deus que essa igreja prega está bem longe de ser aquele Deus de amor e bondade que a bíblia deles relata que existe.

Isso é uma afronta a fé, e mais uma forma de levar o povo ao engodo, e mais uma vez ao inferno, em nome de Deus. 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

MOÇO, A SUA IGREJA É PRECONCEITUOSA!

A Igreja Católica Apostólica Romana, (ICAR) está superando as suas expectativas! Mesmo depois de ter empossado - até que enfim, - um papa, descolado e notoriamente POP, cada vez mais está me surpreendendo com sua maneira retrógrada e anti-bíblica de governar. Não que o Francisco quisesse, pois ele tem se apresentado bastante esclarecido das orientações bíblicas sobre os mandamentos de Deus, mas tem todo um universo que ele não consegue mudar sozinho. Eu gosto do "Papa Chico", e olha que não sou de gostar de papas!

Foi notícia nos jornais dessa semana que mais um clérigo (neste caso um bispo - Dom Pugliese) corre risco de excomunhão por ter abençoado um casal homossexual em Maceió, Alagoas.

Li em um site de notícias que "...em nota, a Igraja Católica Brasileira (ICAB) informou que "não é contrária às conquistas na sociedade pela igualdade e isonomia entre as pessoas", porém considera o comportamento sexual humano sacramental por natureza, podendo somente ser celebrado religiosamente casamento entre homem e mulher". (Leia na Integra)

Em que mundo vivemos? A igreja diz que "não é contra" mas afirma categoricamente que vai manter essa divisão idiota da fé que deveria ser objeto de consolo e salvação para todos?


Será que em quase dois mil anos de existência, a igreja romana ainda não consegue enxergar que essa realidade existiu mesmo antes de sua formação?

Historicamente falando, mesmo antes do cristianismo se tornar religião por volta de 392 d.C, por Constantino, já era possível estudar os mandamentos romanos que teriam sido escritas pelo dedo do Próprio Deus, relatadas em Êxodo 31:18.

Pelo que li em minha Bíblia, nesta tábua de pedra de Moisés não tem essa menção de que o homossexual não pode se casar, ou se unir, pois talvez Deus não estivesse preocupado com isso, porque mesmo na era paleolítica (12.000 aC), já era comum a prática homossexual, da mesma forma que apenas no período Neolítico (5.000 a.C) houve a adesão ao casamento monogâmico.

Teria sido Deus omisso a estes fatos?

Se ele sabia que o homossexualismo já existia, porque nos seus escritos, Ele só fez menção ao adultério e não ao homossexualismo? E porque em seus ensinamentos, Jesus fez um resumo do decálogo escrito há cerca de 1200 a 1500 antes de seu tempo, e por incrível que pareça, aquele Jesus de dois mil anos tinha a mente mais aberta do que seus representantes que vivem em nossos dias?

O próprio Jesus deu uma ordem tão simples e sensata: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo". (Lucas 10:27), porque esses representantes de Deus, deturparam seus ensinamentos ao longo dos anos, a ponto de excomungar seus sacerdotes por unir pessoas apenas por serem do mesmo sexo?

Isso seria motivo de discussões filosóficas que eu poderia ficar dia inteiro, mas a questão é: porque a igreja cristã - aqui eu insiro também evangélicos de forma geral -, não conseguem enxergar esse amor de forma diferente?

E porque eles se incomodam tanto, com uma forma de amor, que em nenhum momento, o seu líder JESUS, teria feito alusão ou condenasse?

A igreja aqui demonstrada pelos clérigos tem executado um papel de juiz, legislador e de executor. E a única coisa que falta é condenar à forca, pois já fazem exclusão social e religiosa. E isso é preocupante, pois quando unilateralmente existe o julgamento, o que pode ocorrer é que: o outro lado se torna o oprimido, e o opressor permanece no poder, da mesma forma que já foi um dia, transformando esse Deus em um horroroso ditador, com súditos responsáveis por executar o trabalho sujo, até então manipuladas de acordo com os próprios desejos.

Todos os tipos de igreja que não aceitam a inclusão da diversidade, ou que se recusam a abençoar pessoas do mesmo sexo em seus matrimônios, ou faz discriminação, por raça, cor, credo ou etnia, na minha classificação, são preconceituosas, e não merece meu respeito, muito menos a minha visita!

Particularmente as considero uma parte do inferno na terra, abomino todas as suas crenças, porque elas simplesmente desobedecem o maior mandamento que é amar a Deus sobre TODAS as coisas, porque “...o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22-23).

Ou seja: Todo o resto que discorda disso tudo, merece o inferno, mesmo que seja padres, bispos, pastores, papas, apóstolos, pai-póstolos, obreiros, evangelistas, anciãos e todo o resto que em NOME DE DEUS, aproveita para colocar o seu ponto de vista preconceituoso sobre sua religião.

Um abraço, para quem quiser!

domingo, 18 de janeiro de 2015

SOU CRISTÃO, POSSO SER A FAVOR DA PENA DE MORTE?

Fonte da Imagem: 
http://blogs.band.com.br/miltonparron/a-pena-de-morte-no-brasil/
Meu amigo, minha amiga! 
Me fizeram essa pergunta várias vezes essa semana, devido a alguns comentários que fiz no Facebook por conta daquele brasileiro que foi condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, e eu apoiei veemente a atitude do presidente daquele país, e repliquei várias vezes a mensagem de que o Brasil deveria adotar esse regime de punição por crimes e delitos (se bem que ele funciona muito bem, em um país que tem justiça precisa e JUSTA, o que não é o caso do Brasil).
Estas perguntas e afirmações condenatórias contra mim,  vieram de amigos e pessoas que me admiravam até então, que não concordavam com meu ponto de vista - algumas delas, até desfizeram a amizade comigo! O que só tenho a agradecer, pois me poupou o trabalho de excluí-las.
Estive conversando com um grupo de pessoas que se consideram teólogos em um grupo fechado na internet e fiquei perplexo com o quanto fui reprimido por expressar meu ponto de vista, baseado em minhas ideologias e estudos.
A maioria das pessoas que se mostraram contrárias a pena de morte eram de igrejas consideradas fundamentalistas e que seguem as 5 solas (Sola fide, Sola scriptura, Solus Christus, Sola gratia, Soli Deo Gloria), e que são extremamente defensoras das leis do antigo testamento, as leis de Moisés, como por exemplo, guardam o sábado, não cortam cabelo, não dançam, não bebem, não se depilam, mulheres que não vestem calças, homens que não usam saias, mulheres que não usam maquiagem etecétera., o que me causou estranheza, uma vez que estas leis eram as mais sanguinárias possíveis e que não devem ser associadas as Solas, que foram um marco da reforma protestante em contradição aos ensinamentos de Roma e fundamentadas nas escrituras, mas descartando alguns dos principais preceitos do Cristianismo Contemporâneo: abandono do que lhe é conveniente e adoção do que lhe é viável!
Moisés era um justiceiro, e os ensinamentos de seus livros, mais especificamente do Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio), deveriam ser aplicados nestas igrejas na integra e não de acordo com sua conveniência.
Os justiceiros estão presentes nas sociedades desde os primórdios e citarei alguns exemplos da Bíblia que estipulam a pena de morte:
"Quem ferir um homem e o matar terá que ser executado". Êxodo 21:12.
"Quem derramar sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o homem criado". Gênesis 9:6
"Se alguém ferir uma pessoa a ponto de matá-la, terá que ser executado". Levítico 24:17
"Se um homem ferir alguém com um objeto de ferro de modo que essa pessoa morra, ele é assassino; o assassino terá que ser executado". Números 35:16
O próprio Deus, teria instituído as leis: "Não se envolva em falsas acusações nem condene à morte o inocente e o justo, porque não absolverei o culpado". Êxodo 23:7
No Novo Testamento, tem muitas outras passagens que alertam para a pena de morte já instituída naqueles tempos:
"Se alguém há de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá. Se alguém há de ser morto à espada, morto à espada haverá de ser. Aqui estão a perseverança e a fidelidade dos santos".  Apocalipse 13:10.
"Eles me interrogaram e queriam me soltar, porque eu não era culpado de crime algum que merecesse pena de morte".  Atos dos Apóstolos 28:18.
Não foi apenas uma ou duas vezes que a Bíblia teria mostrado que a pena de morte deveria existir para punir os que cometessem conduta merecedora, e agora sou julgado porque defendo a mesma pena de morte? 
Poderia ficar aqui citando passagens até amanhã, em que o mesmo Deus que é de amor e de paz, na Bíblia dos cristãos, é o mesmo Deus que ama a justiça e a faz cumprir doa a quem doer, porque além de bondade, ele é Deus de justiça.
Agora os irmãos vem me criticar por defender uma causa que até a Bíblia, que é o livro que eles dizem seguir, aprova e descreve como justa fiel e verdadeira? Eu fico me perguntando de que lado esses fiéis estão, e até onde a conveniência os fará defender a religião que acreditam.
Se eles fossem levar em consideração o peso e a medida, ou seja: o alto preço com relação ao crime, embora, eu não fosse concordar com eles, porque a mesma bíblia ainda diz que "Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus..." e "...é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência",  
(Romanos 13:1-5) eu ainda iria abrir um leque para a discussão do mérito, mas do contrário, só tenho a lamentar, porque esses cristãos que dizem amantes e tementes a Deus, e que vão todos os domingos, adorar a Deus na igreja, acabam deixando com que seus sentimentos, sejam mais fortes do que aquilo que a sua crença deve determinar, e manipulam de forma desonrosa a sua fé, fazendo o que acham que é certo, e abandonando aquilo que deveriam acreditar!
Que tal, jogarem fora suas bíblias, e passarem a adotar a "lei da conveniência"? Já é isso que eles andam fazendo por ai...
Ou então vamos seguir apenas o novo testamento e pregar o amor a tudo e a todos, liberar tudo, perdoar tudo, e viver em um mundo em que nada é pecado, que tudo pode, e que Deus perdoa tudo, que as leis não existem - que em pouco tempo, isso que já vivenciamos, - a impunidade irá reinar.

Um beijo para quem quiser.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

CRISTANIZAR OU SATANIZAR: EIS A QUESTÃO

Não é preciso ser nenhum estudioso de Direito Constitucional para entender que o que a bancada evangélica está tentando fazer no congresso é pelo menos um ultraje a nossa Constituição.
Querer "cristanizar" um estado que por definição é laico, é no mínimo ultrajante e degradante ao direito de acreditar no que lhe é racional, e que nos assegura a carta magna de 1988, em seu Capítulo I, Artigo 5, inciso VI:
"- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;"
A bancada evangélica tem tentado a todo custo "satanizar"  a todos os que não acreditam no Jesus que ela acredita, ou que pelo menos mente acreditar. Afirmo com veemência porque esse tal Jesus que eles dizem acreditar não é o mesmo que a bíblia apresenta, por meio de seus evangelistas mais consagrados, e com certeza não é aquele que estaria no Sudário de Turim (outra farsa comprovada há mais de vinte anos).
Essa mesma bancada tenta a todo custo impor o seu conceito de crença a todos os cidadãos de um país que não tem por definição uma religião oficial, como se fossemos todos ovelhas de um rebanho só. Querem fazer a mesma lavagem cerebral que é feita em seus púlpitos e altares a pessoas pobres de conhecimento teológico e de racionalidade. Racionalmente falando, a ideia que é apregoada nos altares das igrejas é irracional e ilógica. E porque os evangélicos tentam fazer essa mesma lavagem a todos os outros?
O "ide e pregai o evangelho..." de Marcos 16:15 não deve se contrapor nesse cenário. Será que não ficou claro ainda para eles que a liberdade de crença deve coexistir de forma que as leis de um país não beneficiem apenas uma parte da população?
Esse deus que estão enfiar goela abaixo das pessoas está longe de ser um caminho de amor e paz que os ensinamentos bíblicos trazem. Antropologicamente falando, o ser humano tende a acreditar em um ser superior desde antes do período paleolítico, e de forma irracional, tentar infringir valores e plantar as ideias em cabeças de pessoas que trazem valores e princípios diferentes é no mínimo ultrajante.
É ilógico acreditar em algo que não se vê, a própria religião reconhece isso. E não seria irracional e desumano impor os ensinamentos de um livro de procedência ainda questionada sobre um povo de costumes ainda mais difusos a uma sociedade moderna e evoluída significativamente?
Só um tolo não consegue enxergar o quanto evoluímos nos últimos anos, e o quanto essa evolução tornou ultrapassado qualquer ensinamento deixado por Moisés ou qualquer outro profeta ainda que seja da idade antes ou depois de Cristo.
E porque iríamos aceitar que nossas leis fossem ditadas por uma crença que aceita uma ordem de "ir e pregar o evangelho" a todos. Mas e se as pessoas não quiserem aceitar? o que acontece com os que não creram? O poder se condenar não está nas mãos dos homens, porque o mesmo homem não pode ser juiz e executor! Em Mateus 22:37 orienta a amar a Deus com toda a sua força alma e entendimento. Mas amor não existe imposição. Não posso escolher a quem amar! Quer prova maior de livre arbítrio que essa?
O amor é a maior prova de liberdade que se tem, ou seja: não é possível escolher amar a Deus, se não tiver certeza do que se quer ou se não se acredita nele. Não é possível amar fora de um universo de liberdade.
E sob quais alegações serão julgados os que não creem? Com a mesma medida? Outra injustiça. Na igreja o pastor condena a todos os que não fazem o que ele determina, com ameaças de inferno e tudo mais! Afinal, você permanece na igreja, porque ama a Deus ou porque tem medo do inferno?
É preciso rever os conceitos de amor, que os cristãos estão usando para pregar ao mundo o "ide" que Jesus disse. É preciso ter um pouco mais de coragem para dizer o que pensa, e defender a todos os seres humanos dessa coisa toda de evangelismo forçado, porque caso contrário precisaríamos forçar algumas outras religiões existentes no país.
A dualidade no conceito de certo e errado não deve ser de propriedade exclusiva de uma crença ou de um povo, porque - de novo -, desde os primórdios o homem tenta acobertar ou endeusar alguém pelos seus fracassos e vitórias, para que de forma racional, se sinta melhor com o inexplicável. Mas nem todos tem essa mesma visão de racionalidade e sempre foi assim desde Nicolau Copérnico, Albert Einstein e porque agora iria mudar?
O Jesus que estes evangélicos tentam "engoelar" a todos não fez isso, em toda a sua trajetória de evangelismo, muito menos os apóstolos que viveram com ele, e ficaram depois dele. E porque agora esse moralismo e absolutismo todo?

Estão tirando o proveito de uma sociedade desinformada e carente e é esse mesmo Jesus que deve se vingar de todos um dia! - Não acho muito provável, pois estes mesmos condenadores estão tão confiantes que Ele é amor, que pode ser que eles mesmos queiram fazer justiça em Seu Nome, como os judeus fizeram há cerca de dois mil anos, crucificando a todos e matando os que não creem, em nome de Deus!