quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

MOÇO, A SUA IGREJA É PRECONCEITUOSA!

A Igreja Católica Apostólica Romana, (ICAR) está superando as suas expectativas! Mesmo depois de ter empossado - até que enfim, - um papa, descolado e notoriamente POP, cada vez mais está me surpreendendo com sua maneira retrógrada e anti-bíblica de governar. Não que o Francisco quisesse, pois ele tem se apresentado bastante esclarecido das orientações bíblicas sobre os mandamentos de Deus, mas tem todo um universo que ele não consegue mudar sozinho. Eu gosto do "Papa Chico", e olha que não sou de gostar de papas!

Foi notícia nos jornais dessa semana que mais um clérigo (neste caso um bispo - Dom Pugliese) corre risco de excomunhão por ter abençoado um casal homossexual em Maceió, Alagoas.

Li em um site de notícias que "...em nota, a Igraja Católica Brasileira (ICAB) informou que "não é contrária às conquistas na sociedade pela igualdade e isonomia entre as pessoas", porém considera o comportamento sexual humano sacramental por natureza, podendo somente ser celebrado religiosamente casamento entre homem e mulher". (Leia na Integra)

Em que mundo vivemos? A igreja diz que "não é contra" mas afirma categoricamente que vai manter essa divisão idiota da fé que deveria ser objeto de consolo e salvação para todos?


Será que em quase dois mil anos de existência, a igreja romana ainda não consegue enxergar que essa realidade existiu mesmo antes de sua formação?

Historicamente falando, mesmo antes do cristianismo se tornar religião por volta de 392 d.C, por Constantino, já era possível estudar os mandamentos romanos que teriam sido escritas pelo dedo do Próprio Deus, relatadas em Êxodo 31:18.

Pelo que li em minha Bíblia, nesta tábua de pedra de Moisés não tem essa menção de que o homossexual não pode se casar, ou se unir, pois talvez Deus não estivesse preocupado com isso, porque mesmo na era paleolítica (12.000 aC), já era comum a prática homossexual, da mesma forma que apenas no período Neolítico (5.000 a.C) houve a adesão ao casamento monogâmico.

Teria sido Deus omisso a estes fatos?

Se ele sabia que o homossexualismo já existia, porque nos seus escritos, Ele só fez menção ao adultério e não ao homossexualismo? E porque em seus ensinamentos, Jesus fez um resumo do decálogo escrito há cerca de 1200 a 1500 antes de seu tempo, e por incrível que pareça, aquele Jesus de dois mil anos tinha a mente mais aberta do que seus representantes que vivem em nossos dias?

O próprio Jesus deu uma ordem tão simples e sensata: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo". (Lucas 10:27), porque esses representantes de Deus, deturparam seus ensinamentos ao longo dos anos, a ponto de excomungar seus sacerdotes por unir pessoas apenas por serem do mesmo sexo?

Isso seria motivo de discussões filosóficas que eu poderia ficar dia inteiro, mas a questão é: porque a igreja cristã - aqui eu insiro também evangélicos de forma geral -, não conseguem enxergar esse amor de forma diferente?

E porque eles se incomodam tanto, com uma forma de amor, que em nenhum momento, o seu líder JESUS, teria feito alusão ou condenasse?

A igreja aqui demonstrada pelos clérigos tem executado um papel de juiz, legislador e de executor. E a única coisa que falta é condenar à forca, pois já fazem exclusão social e religiosa. E isso é preocupante, pois quando unilateralmente existe o julgamento, o que pode ocorrer é que: o outro lado se torna o oprimido, e o opressor permanece no poder, da mesma forma que já foi um dia, transformando esse Deus em um horroroso ditador, com súditos responsáveis por executar o trabalho sujo, até então manipuladas de acordo com os próprios desejos.

Todos os tipos de igreja que não aceitam a inclusão da diversidade, ou que se recusam a abençoar pessoas do mesmo sexo em seus matrimônios, ou faz discriminação, por raça, cor, credo ou etnia, na minha classificação, são preconceituosas, e não merece meu respeito, muito menos a minha visita!

Particularmente as considero uma parte do inferno na terra, abomino todas as suas crenças, porque elas simplesmente desobedecem o maior mandamento que é amar a Deus sobre TODAS as coisas, porque “...o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22-23).

Ou seja: Todo o resto que discorda disso tudo, merece o inferno, mesmo que seja padres, bispos, pastores, papas, apóstolos, pai-póstolos, obreiros, evangelistas, anciãos e todo o resto que em NOME DE DEUS, aproveita para colocar o seu ponto de vista preconceituoso sobre sua religião.

Um abraço, para quem quiser!

domingo, 18 de janeiro de 2015

SOU CRISTÃO, POSSO SER A FAVOR DA PENA DE MORTE?

Fonte da Imagem: 
http://blogs.band.com.br/miltonparron/a-pena-de-morte-no-brasil/
Meu amigo, minha amiga! 
Me fizeram essa pergunta várias vezes essa semana, devido a alguns comentários que fiz no Facebook por conta daquele brasileiro que foi condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, e eu apoiei veemente a atitude do presidente daquele país, e repliquei várias vezes a mensagem de que o Brasil deveria adotar esse regime de punição por crimes e delitos (se bem que ele funciona muito bem, em um país que tem justiça precisa e JUSTA, o que não é o caso do Brasil).
Estas perguntas e afirmações condenatórias contra mim,  vieram de amigos e pessoas que me admiravam até então, que não concordavam com meu ponto de vista - algumas delas, até desfizeram a amizade comigo! O que só tenho a agradecer, pois me poupou o trabalho de excluí-las.
Estive conversando com um grupo de pessoas que se consideram teólogos em um grupo fechado na internet e fiquei perplexo com o quanto fui reprimido por expressar meu ponto de vista, baseado em minhas ideologias e estudos.
A maioria das pessoas que se mostraram contrárias a pena de morte eram de igrejas consideradas fundamentalistas e que seguem as 5 solas (Sola fide, Sola scriptura, Solus Christus, Sola gratia, Soli Deo Gloria), e que são extremamente defensoras das leis do antigo testamento, as leis de Moisés, como por exemplo, guardam o sábado, não cortam cabelo, não dançam, não bebem, não se depilam, mulheres que não vestem calças, homens que não usam saias, mulheres que não usam maquiagem etecétera., o que me causou estranheza, uma vez que estas leis eram as mais sanguinárias possíveis e que não devem ser associadas as Solas, que foram um marco da reforma protestante em contradição aos ensinamentos de Roma e fundamentadas nas escrituras, mas descartando alguns dos principais preceitos do Cristianismo Contemporâneo: abandono do que lhe é conveniente e adoção do que lhe é viável!
Moisés era um justiceiro, e os ensinamentos de seus livros, mais especificamente do Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio), deveriam ser aplicados nestas igrejas na integra e não de acordo com sua conveniência.
Os justiceiros estão presentes nas sociedades desde os primórdios e citarei alguns exemplos da Bíblia que estipulam a pena de morte:
"Quem ferir um homem e o matar terá que ser executado". Êxodo 21:12.
"Quem derramar sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o homem criado". Gênesis 9:6
"Se alguém ferir uma pessoa a ponto de matá-la, terá que ser executado". Levítico 24:17
"Se um homem ferir alguém com um objeto de ferro de modo que essa pessoa morra, ele é assassino; o assassino terá que ser executado". Números 35:16
O próprio Deus, teria instituído as leis: "Não se envolva em falsas acusações nem condene à morte o inocente e o justo, porque não absolverei o culpado". Êxodo 23:7
No Novo Testamento, tem muitas outras passagens que alertam para a pena de morte já instituída naqueles tempos:
"Se alguém há de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá. Se alguém há de ser morto à espada, morto à espada haverá de ser. Aqui estão a perseverança e a fidelidade dos santos".  Apocalipse 13:10.
"Eles me interrogaram e queriam me soltar, porque eu não era culpado de crime algum que merecesse pena de morte".  Atos dos Apóstolos 28:18.
Não foi apenas uma ou duas vezes que a Bíblia teria mostrado que a pena de morte deveria existir para punir os que cometessem conduta merecedora, e agora sou julgado porque defendo a mesma pena de morte? 
Poderia ficar aqui citando passagens até amanhã, em que o mesmo Deus que é de amor e de paz, na Bíblia dos cristãos, é o mesmo Deus que ama a justiça e a faz cumprir doa a quem doer, porque além de bondade, ele é Deus de justiça.
Agora os irmãos vem me criticar por defender uma causa que até a Bíblia, que é o livro que eles dizem seguir, aprova e descreve como justa fiel e verdadeira? Eu fico me perguntando de que lado esses fiéis estão, e até onde a conveniência os fará defender a religião que acreditam.
Se eles fossem levar em consideração o peso e a medida, ou seja: o alto preço com relação ao crime, embora, eu não fosse concordar com eles, porque a mesma bíblia ainda diz que "Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus..." e "...é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência",  
(Romanos 13:1-5) eu ainda iria abrir um leque para a discussão do mérito, mas do contrário, só tenho a lamentar, porque esses cristãos que dizem amantes e tementes a Deus, e que vão todos os domingos, adorar a Deus na igreja, acabam deixando com que seus sentimentos, sejam mais fortes do que aquilo que a sua crença deve determinar, e manipulam de forma desonrosa a sua fé, fazendo o que acham que é certo, e abandonando aquilo que deveriam acreditar!
Que tal, jogarem fora suas bíblias, e passarem a adotar a "lei da conveniência"? Já é isso que eles andam fazendo por ai...
Ou então vamos seguir apenas o novo testamento e pregar o amor a tudo e a todos, liberar tudo, perdoar tudo, e viver em um mundo em que nada é pecado, que tudo pode, e que Deus perdoa tudo, que as leis não existem - que em pouco tempo, isso que já vivenciamos, - a impunidade irá reinar.

Um beijo para quem quiser.