domingo, 13 de outubro de 2013

Triângulo filosófico: Ateísmo, Teísmo e Atoísmo, confusões de crenças

Para início de conversa, já vou esclarecendo uma dúvida de algumas pessoas: Quero dizer que NÃO sou ateu, e que TEISMO, não é a mesma coisa que ATOISMO, ou ATEISMO... Não sou evangélico, não sou católico, nem espírita de nenhuma linhagem e nem pretendo ser. Sou Cristão e sou livre. Sem igreja e sem denominação. Acredito em muitas coisas,
Vou tentar explicar cada um destes itens de uma forma bem simples, e daí você mesmo tira as suas conclusões.
Teísmo Aberto não é "uma teologia" porque a teologia é uma só. É compreendida como um ramo da teologia que nega a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus.  Os defensores dessa ideologia, apresentam outra definição que tem como intuito defender de Deus não seria onipresente, onisciente e onipotente, e que não estaria acima do futuro de forma completa, acreditando que Deus apenas conhece as possibilidades, e a mudança que Ele teria do futuro é que iria acarretar nas várias tantas circunstâncias.
A grande ideia é que Deus não poderia ser onisciente sem intervir no direito de escolha do ser humano, mexendo, contudo na prescrição do futuro, e modificando a seu tempo e do seu modo, sendo conhecedor das possibilidades e não detentor do conhecimento supremo.
O Teísmo ainda luta contra a definição do termo "todo poderoso" para Deus, porque segundo a hermenêutica essa palavra não faria parte do original da bíblia por ser uma palavra perdida ao longo do tempo.  O Teísmo Aberto acredita ainda, que Deus tem uma relação íntima com o homem, e sua onisciência seria prejudicada com o direito de escolha.
É um estudo relativamente novo, (surgiu na década de 30) e tem ideias com pensamento mais filosófico que teológico. Até aqui vale lembrar que uma das poucas ciências ou saberes que se casam e se diferem da religião é a filosofia, uma vez que sendo a ciência do saber, que repensa o já pensado e desperta ideias críticas que questionam o já antes estabelecido, não é bem a fã número 1 da teologia!
O lado mais calvinista do Teísmo, é que mesmo não tendo essa tripla universalização, Deus é capaz de governar o mundo, e conduzir o povo a um futuro delimitado, ou seja, norteado para Sua vontade, por que está justamente sob Seu controle, sem precisar ficar a todo o momento intervindo no direito de ir e vir do homem.
O que eu quero que fique claro é que NÃO SOU TEISTA...
Não é porque eu leio sobre teísmo, que eu vou virar teísta ou aderir a essa filosofia teológica, que infelizmente é o grande erro da maioria dos pastores atuais. Eles não leem porque não acreditam, logo não entendem porque não leem, e não gostam porque desconhecem. Estes pastores ainda acham que todos os que leem e discutem são marionetes de saberes que vão contra as suas crenças.
E o que ateísmo? O ateísmo é uma corrente de pensamento (há quem chame de filosofia de vida), que não acredita na existência de Deus, nem de diabo, e nem de inferno ou céu. É importante ressaltar que não é a mesma coisa que agnose (no sentido de dúvida). O ateísmo refere-se à descrença de qualquer deus, ou entidades divinas, sendo que nesta linhagem de pensamento é possível estabelecer a conexão de que os ateus podem então pertencer a várias modalidades filosóficas, que vão desde a dúvida na existência de deuses até a crença na não existência de divindades, passando pelo que se denomina de Ateísmo Fraco (ceticismo) e Ateísmo Forte, (plena certeza de que não existem divindades de qualquer espécie).
Já o atoísmo, ah... o atoísmo!!! Gosto de dizer que é a pura falta de emprego ou fundamento filosófico. Estar àtoa é o mesmo que dizer que não entende de nada, não faz nada, não está nem aí para a hora do Brasil.
Pode ser que exista uma linhagem oficial de ideias que sustenta que o atoísmo tem como alicerce a oposição contra todas as regras e pensamentos impostos pela sociedade moderna, mas eu prefiro acreditar que é “estar fazendo nada”!
Bom, é isso!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Santa Maria, Pinta e Nina x Peteca

Um dos e-mails que recebi ontem tinha o conteúdo inusitado, o que não acontece todos os dias, pois às vezes recebo somente um aglomerado de xingamentos como aconteceu essa semana.

Neste e-mail, tinha uma palavra diferente fazendo alusão a Penteca (de Pentecostes), porque remetia a uma brincadeira de pular de um lugar para outro com grande facilidade. A palavra é PETECA.

Li isso e achei muito engraçado, porque ao tempo que parecia falar de uma nova seita herética, tinha uma ponta de verdade. Todo mundo já brincou de peteca quando criança, ainda que feita com penas de galinha caipira, e por ser uma brincadeira que cansa, uma hora a gente precisa parar para tomar fôlego.

Conheço muita gente que conseguiu parar, como eu parei, e conheço outras tantas que não conseguem se libertar da “petecalice”, que aqui irei denominar – a arte de pular peteca, visto que, de acordo com o tipo de região geográfica, tem um modo diferente de brincar: jogando de um lado para outro, ou pulando como cabritos.

Mas como dizia, da mesma forma que Paulo, deixei de ser menino (1Cor 13:11) – “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino ". Parei de brincar como um menino e me tornei um homem. Passei a levar a sério assuntos relacionados a Deus. Parei de pular de igreja em igreja, logo, parei de brincar de peteca com estes assuntos.

Aprendi a usar o termo "penteca" como abreviatura de pentecostal, e não como uma forma de satirizar ou ironizar os pentecostalistas – [adeptos do movimento pentecostal, que não me animam em nada], da mesma forma que usamos "quadranga" para dizer que alguém é Quadrangular, embora alguns deles acabem pulando de igreja em igreja, visitando, conhecendo outras comadres e acabam parecendo "petecas", se observarmos o quanto foram jogadas de um lugar para outro.
O irmão que pensou isso, foi de uma tremenda criatividade em relacionar - penteca x peteca.

Falando em brincar de peteca, posso comentar alguns fatos com propriedade, visto que acompanho na minha família, três irmãs que embarcaram nessa onda de "petecar" igreja... vou chamá-las aqui, para resguardar suas identidades de "Santa Maria, Pinta e Nina". Três embarcações!

A mais velha embarcou na "Deus é love", depois da IUPIII, depois começou na que está hoje, mas, já passou por três ministérios da mesma denominação, que eu chamo de "campus pentecostais", sem contar as visitinhas de meses nas menores que nem convém citar os nomes. Essa é a Santa Maria. É a conservadora, ranzinza, apegada às leis [de Moisés] e vive falando da vida alheia.

Pinta, é do tipo "Maria vai com as outras", ela sempre tem uma novidade para seguir, mas nem sempre acredita no que está seguindo.
Um tempo ela foi "acólhita", porque nem ser católica ela sabia. Depois passou pelas garras da IUPIII, (aquilo parece um clube, quem chegar com dinheiro para o ingresso entra); Depois visitou de soslaio a igreja dos prodígios, isso porque outro irmão, o Cristo-vão da Grana (que sempre descobre os lugares "nunca dantes navegados") a levou para lá da, mesma forma que levou para a malaquiana chefe, e agora um tio, conseguiu arrastá-la sem fazer força para uma missão internacional - onde ninguém fala inglês ou outro idioma qualquer, além da línguas dos anjos pois, afinal, Maria vai sempre com as outras.

Nina já é mais calma, porém nada convertida!!! É a caçula das três embarcações.

Tudo começou na santa madre, depois desandou e foi parar em uma Igreja Batista, destas que copia os costumes americanos dos batistas moderninhos, porém das piores era a melhor, pois não tinha um gazofilácio e nem um alforje, usavam a Bíblia Fiel, e não tinham o sedento desejo de ser a única salvadora. Mas como o que é bom sempre acaba logo, o pastor dessa igreja teve um surto de biblice (para não falar loucura), e teve um contato extraterreno com Deus, e neste contato ele teve um input de Isaías 61:8 "portanto, firmarei em verdade a sua obra; e farei uma aliança eterna com eles", e isso fez com que ele se tornasse membro de uma igreja que tem uma Universidade da Família, a qual oferece curso para tudo, desde "como ensinar a gastar o seu dinheiro", a "casamentos infinitos". Reuniram-se quatro ministérios (Christian Men's Network, Family Foundations International, Growing Families International e Crown Financial Ministries) e formaram uma só instituição, que modestamente chamam de igreja, pois essa coisa internacionalizada está na moda!

Foi nessa onda de casamento infinito, que o dela - Nina, está pela hora do fim. Parece-me que o curso superior em casamento não foi tão eficiente. Eu nunca tinha visto uma igreja com uma universidade em que o vestibular é a sua filiação ao templo.

Hoje, assim como Pinta, Nina adentrou a missão internacional, mas não vão às terças-feiras, porque é dia de doutrina, e Nina, não quer parar de fumar. Se for, certamente vai ouvir o pastor ensinar que precisa deixar o cigarro senão vai queimar no fogo do inferno, e por isso não vai, porque ela não gosta de ser desapontada e não quer ter a consciência pesada, pois “aquilo que os ouvidos não ouvem, a consciência não acusa”!

Bom, é isso!

Sátiro Souza
Maio de 2009, 15.

BRINCANDO DE JESUS

João Batista mandou perguntar a Jesus: “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” Lucas 7:20!


A cada dia que passa a igreja está vivendo essa pergunta. A todo novo suposto milagre os cristãos se confundem e por não saberem para onde ir, correm para o feitor destes tão grandes milagres.

A resposta de Jesus aos discípulos de João, foi a seguinte: “Ide, e anunciai a João o que tendes visto e ouvido: que os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se o evangelho.” Lc 7:22. e isso já é o suficiente para as igrejas se colocarem no lugar de Jesus e fazerem deste “Ide”, uma ordem para abrir as portas da “milagragem” nas igrejas. Aí está a chance de mostrarem as suas garras e peripécias, armando as maiores arapucas para acorrentar os cristãos carentes e necessitados de benfeitorias. Até porque o cristão, [ou Tristão?] é interesseiro e pede mais do que agradece, esquecendo, do “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” 1 Tessalonicenses 5:18.

E a verdade é essa! A sociedade está carente de milagre e maravilhas. Época de crise, em que as pessoas andam estressadas, quer no trabalho, quer em casa com contas a pagar, um milagrezinho cai bem para aliviar a tensão e fazer com que o ego seja massageado, ou ainda mais sério: As pessoas precisam disso para confortar o coração, pois convivem com doenças e mazelas que atacam a todo momento.

Da mesma forma que um paciente acredita nos remédios prescritos por um bom médico, os cristãos acreditam nos milagres pregados pelo pastor. É como num filme de Hollywood, quando um expectador assiste a um filme no cinema, e se empolga com a história, ele entra em um estágio que chamamos de catarse, (estado em que o expectador, se sente o herói do filme, ou mesmo o conquistador galanteador que acaba de assistir, e sai com esta sensação das salas de cinema)  e isso que acontece nas igrejas, eu chamo de catarse religiosa, que é a sensação que o adepto tem de que tudo ele pode, e que tudo consegue fazer, pois a “pregação” lhes levam aos maiores votos, os maiores desafios, e almejar os maiores milagres e conquistas, todos baseados na lavagem cerebral que os malaquianos conseguem encutir.

O que é mais preocupante, é que esses mercenários da fé, usam esse “Ide” de Jesus, para se promoverem, fazendo com que os seus títulos de Bispo, Apóstolo etc. sejam reconhecidos internacionalmente, pois querem fama, e que as suas contas bancárias nas Ilhas Caimã sejam ainda mais abarrotadas. Essas pessoas se encaixam no que Paulo diz em ITm 6:10 “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé...”


Tenha oh Deus, piedade de nossas almas! 

domingo, 6 de outubro de 2013

VOCÊ TEM FÉ?

O que é Fé?

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem”. (Hebreus 11:1)

Bom, essa é a resposta do Cristianismo para fé.
Hermeneuticamente falando, FÉ, é uma palavra derivada do latim "fides" - sim, estudei latim, - que significa "confiança, crença, credibilidade", e nem sempre a confiança está intrinsecamente ligada a alguém ou a um fato marcante.

Quem tem um amigo, que nunca precisou lhe provar nada, mas mesmo assim, confia plenamente nele? Quão ruim seria se esse amigo lhe decepcionasse? E você continuaria a ter fé nesse amigo?

A etimologia da palavra FÉ, quando atribuída ao conceito RELIGARE, (religião) dispensa qualquer hipótese de dúvida, ou incerteza, pois já seria por si só absoluta e infalível;

Humanamente falando, seria possível existir tal fundamento? Alguém seria capaz de nunca falhar?
Uma vez, na vida alguém falha, alguém cede. Vamos partir do pressuposto de que o homem nasce cresce e morre! E depois da morte? Quem foi a pessoa que veio do “além-túmulo”, explicando ou reforçando a necessidade de fazer algo correto para garantir um bom lugar na troca do corpo físico para um metafísico?

Você já se pegou fazendo estas perguntas? Se sim, parabéns. Você faz parte de bilhões de pessoas que não acreditam naquilo que não podem ver, e logo  não aceitam o conceito de fé que o cristianismo ensina, que embora infundado é o que as pessoas preferem acreditar – no “porque sim”.

Bom, desde que o mundo é mundo, o ser humano necessita de algo ou alguém para atribuir a culpa ou a glória de atos que ele não pode executar.
A culpa quando ele olha para os quatro cantos, e vê que precisa justificar o injustificável e entender o que não entende. E a glória quando precisa agradecer por uma graça que conseguiu misteriosamente, por sorte ou acaso, e prefere acreditar que o Ser Supremo a quem chama de Deus lhe deu por pura graça e por bondade;

Sabe aquele momento que você responde para a criança: "porque sim!", quando no fundo não tem resposta para justifica as suas perguntas descabidas?

Era como se o ser humano estivesse dizendo: "porque sim!" apenas para se convencer de algo que nem ele sabe!

E quão grandiosa é essa graça de simplesmente saber, e confiar cegamente em algo que aos meros humanos, é possível apenas sonhar em possuir?!

Quando o que queremos é bom, atribuímos a um Ser supremo. Alguns atribuem a Deus, outros a deuses diversos. Mas porque a diferença  entre “Deus” e “deuses”?  Quando uma fé intitula o seu Ser supremo como Deus e os outros como deuses, não seria uma forma de desrespeito com a religião ou a crença do outro?

Se a Bíblia diz que " fé é o fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem", porque eu iria achar que a minha FÉ, é a boa e valiosa e a de outro não?

Fé é algo criado especialmente para formalizar essa determinação! Todos os outros adjetivos para fé deveriam ser abolidos. A Fé foi criada somente para a crença da espiritualidade, não cabendo qualquer outro significado equivalente.

Fides está para fé, assim como a particularidade de acreditar está para o ser humano, pois só o humano pode ter fé, pois embora de forma subjetiva é o único ser que consegue externar em atos a sua loucura de acreditar no intangível e seguir o imensurável;

Não estou aqui pondo em xeque, o direito de acreditar que o ser humano tem, mas para fazê-lo refletir até onde sua fé é capaz de chegar.  Aliás, para saber se você tem fé.

Em que você acredita? E com base em quê a sua fé se sustenta?
Vamos ter fé em Deus e deixar em paz, aquele irmão que embora ateu, duvida e faz muitas perguntas sobre tudo e todos, que no fundo é muito mais honesto do que nós? Pelo menos ele não se engana que tem fé, e deixa bem claro que não morreria por ela. Porque se um cristão diz que tem fé, e não tem coragem de morrer pela fé que tem, é porque na verdade não acredita o suficiente no Deus que crê.

É isso!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A FESTA DE PENTECOSTES DO ANTIGO TESTAMENTO


O ano israelita era composto de festas. Existem três destas festas que merecem destaque.
1ª - A PÁSCOA que era celebrada como Festa do Pão sem Fermento;
2ª - A festa da Colheita, que a partir do momento que a Grécia dominou Israel, passou a chamar-se PENTECOSTES;
3ª - A Festa dos TABERNÁCULOS; (Êxodo 23, 12-20; 34, 20-25).

De uma forma misteriosa como só a igreja romana sabe fazer e os "pentecas" sabem copiar, os dois primeiros feriados foram incorporados ao Cristianismo, mas esse último não foi, foi jogado ao esquecimento. Mas esse é assunto para outra discussão...

Bom a Páscoa era uma festa caseira, Pentecostes (COLHEITA) era uma celebração agrícola, originalmente, celebrada ainda na roça, ou em qualquer lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas.

Depois de muitos anos, como é natural acontecer em qualquer tradição, essa celebração foi levada para os lugares de culto, e como particularmente os Israelitas criam no Deus de Moisés, ela foi transportada para o Templo de Jerusalém, que seria o mais indicado lugar para receber tamanho acontecimento.

Os relatos que a Bíblia faz dessa festa, não deixa muito claro, como se dava esse culto ou se havia algum ritual especifico a ser usado nessa situação, mas com uma leitura apurada e de forma bem cuidadosa, é possível apanhar alguns resquícios dessa liturgia, que até 900 dC, tem sido tão secreta.

Tudo começava quando a colheita se iniciava (Dt 16.9), sempre levando em consideração que a décima parte da colheita deveria ser para os pobres e estrangeiros (Lv, 23:22).

Em seguida prosseguia-se com a caminhada ate o local do culto (Ex, 23:17-18).

Acontecia a Convocação Santa (Lv 23:22). Nessa época ninguém poderia trabalhar porque os dias de festa eram dias solenes, uma espécie de ação de graças a Deus que lhes havia proporcionado tamanha fartura, era feito esse resguardo de dias de descanso.

A igreja romana ainda permanece fazendo ícones parecidos, quando faz ofertas de fruto da terra durante a lua liturgia da missa. 

Quem ainda não viu os acólitos ou coroinhas adentrando com um ramo de trigo, água, terra, etc., é porque não tem ido às missas com frequência – ainda – e é feito um momento de OFERTÓRIO, durante as cerimônias, em que entoam um hino, e cada fiel um oferta a casa de Deus, seu fruto de trabalho. Essa é uma forma de copia mal feita da festa do Pentecoste, porém bem intencionada e inconsciente.

Os irmãos (ou primos, como queiram chamar) evangélicos, vão mais além. Além de fazer o contrário, que é oferecer a Deus o fruto da terra, PEDEM o fruto da terra dos irmãos... em forma de dízimos e ofertas alçadas.

Os celebrantes da festa original, se alimentavam de parte das ofertas que lhes eram entregues pelos agricultores – já nos nossos dias inverteram-se os papeis, os celebrantes se alimentam de tudo!

Na festa original, além da ação de graças pelos frutos da terra, era celebrado a libertação dos escravos do Egito, da terra de servidão, e sempre apregoavam a obediência aos estatutos do Deus de Moisés que os havia libertado (Dt 16:12).

A festa de PENTECOSTES da época, não celebrava um mito, mas eram feitas AÇÃO DE GRAÇAS a Deus que criou o mundo e que sustenta a vida do mundo criado, não tendo um ícone a ser celebrado como hoje é feito no calendário romano.

Era uma festa de pura AÇÃO DE GRAÇAS, da mesma forma que os americanos celebram por ocasião do fim de ano, para agradecer pelas bênçãos conseguidas durante o ano que se passou. Esse povo, agradecia a Deus pela terra, pela moradia, pela plantação e pela colheita.  A terra que emanava “leite e mel”, era motivo de agradecimento e louvor, e todos aqueles que habitavam em Israel participavam dessa festa, seja ele estrangeiro, visitante ou  nativo.

Lá no novo Testamento, a festa já tem uma conotação diferente. Em Atos dos Apóstolos, capítulo 2, retrata a festa, como uma multidão reunida em Jerusalém, celebrando a festa - mesmo após a morte de Jesus – o que significa que não é uma festa Cristã, mas judaica, em que o próprio Jesus já participava destas festas em seu tempo de vida humana (não seria possível ele comemorar a sua ressurreição antes de ter morrido). Todas as pessoas, de qualquer classe social participava da festa, pois era uma festa ecumênica, uma vez que a terra era produto inerente a todos, independente do que acreditassem.

A etimologia da palavra tem a seguinte conotação: hag  (hebraico) pentecoste (grego) que significa “fazer um círculo”, que determina o sentido primitivo de reunião descrito em Êxodo 5:1.

Pentecoste vem do grego “cinquenta dias após a colheita”, já no nosso dicionário = “cinquenta dias após a páscoa”, pois essa troca de nome para Pentecostes deu-se a partir do período grego (333 a 63 anos antes de Cristo), quando os gregos dominaram a cultura mundial.

Ou seja: nem católicos e nem evangélicos, sabem o que celebram quando estão falado de Pentecostes!